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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Discordo, prima querida... 

... mas apenas em relação à primeira parte. Em boa verdade, o dia de hoje (como, de resto, todos os outros dias) nunca mais se repete. E sublinho a segunda parte: por isso, aproveitai-o(s) bem.

Hoje acordei às 8 da manhã e garanto-vos que está uma luz magnífica lá fora.
Bom fim-de-semana, gente bonita. ;)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Fetiche (4) 



Um hamburguer phone igualzinho ao da Juno. Com fios, função pulse e tudo.

- Can you hold on for a second? I'm on my hamburguer phone. It's just like really awkward to talk on.

Perfeito. :)

About the Oscars (3) (but so much more about us) 

Como na canção de Barry Louis Polisar (da banda sonora do filme Juno):

«if you were the floor, I'd wanna be the rug
and if you were a kiss, I know I'd be a hug

(...)
all I want is you, will you stay with me?
hold me in your arms and sway me like the sea».

*
;)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

About the Oscars (2) 


Como pode ver-se na imagem supra, Diablo Cody, que por acaso escreveu o argumento original de Juno e ganhou o Óscar por isso, é uma menina de 29 anos com muita pinta. ;)

By the way, e enfatizando as jovens idades de algumas pessoas ligadas a este filme: Reitman, o realizador, tem 30 anos, Ellen Page (Juno), a actriz principal, tem 21 e Michael Cera (Paulie), o actor principal, tem 19.

About the Oscars (1) 

Juno é um grande filme.
Juno é um grande filme.
Juno é um grande filme.


(site oficial § myspace)

E a banda sonora (Barry Louis Polisar, Kimya Dawson, Belle & Sebastian, Cat Power, The Velvet Underground, Antsy Pants, entre outros) é simplesmente deliciosa (para "sacar", clicar aqui, mas não digam a ninguém que fui eu que disse, o.k.?...).

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Nova Iorque 

Pego no telemóvel e ligo-lhe. Ela atende. Deste lado, eu sorrio (gosto tanto da voz dela). Pergunto-lhe a que horas chegará. Vamos falando dos nossos dias. Nisto, passa uma ambulância, sirene ligada, aqui na rua. Por momentos, deixamos de nos ouvir. Depois, ela pergunta, em jeito de comentário: «Meu amor (gosto tanto que ela me chame «meu amor»), foste a Nova Iorque e não me disseste nada?».
Não fui a Nova Iorque, obviamente. Fui apenas ao Céu e voltei, movida pelo delicioso sentido de humor da minha namorada. E trouxe como bagagem o peito cheio de amor por ela.

Aristides 

Aristides de Sousa Mendes
Vinte anos depois da reabilitação pela Assembleia da República de Aristides de Sousa Mendes (cônsul de Portugal em Bordéus durante a 2.ª Guerra Mundial) é criado o Museu Virtual com o seu nome. A página web permite percorrer três corredores: o da Guerra, o da Fuga e o da Liberdade. Assim ficamos a saber um pouco melhor, ou, pelo menos, a poder ver imagens do horror que cercou o mais violento conflito bélico do século XX, mas também da esperança que constituiu a acção de Aristides para muitos judeus.
Desde ontem, tenho avidamente descoberto o MVASM. Quem quiser pode visitar a página clicando aqui.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Mais um momento de inigualável humor da sempre mui cheia de pilhéria Mente Assumida. 

Nota @os estimad@s leitor@s: para bem entender esta "espantabulástica" piada, aconselha-se a leitura prévia deste post da aNa.

Ó prima, essa do «usarei-as» fez-me lembrar aquela música da minha infância:

«Usarei-as»
É uns camelos,
Tem duas bossas
E muito pêlos!


(sic) :)

[Enfim. Passar oito dias sem postar para depois escrever isto... Como diz a prima, «ter um blog é bué da giro»! :p ]

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Por favor, corrijam-me caso eu esteja enganada. 

O caso da agressão a Ricardo Bexiga foi arquivado (clicar para ler notícia do PÚBLICO). Se bem me lembro, haviam sido constituídos arguidos Carolina Salgado (dispensa apresentações) e Fernando Madureira (líder dos Super Dragões, claque oficial do F.C. Porto) (desconheço se Pinto da Costa também foi constituído arguido). A primeira foi constituída arguida porque assumiu, no livro «Eu, Carolina», a autoria moral do crime de ofensa à integridade física agravada cuja vítima foi Ricardo Bexiga. Segundo afirmou Carolina, terá contactado os agressores de Ricardo Bexiga, a quem deu instruções para quelevassem a cabo a agressão, e a quem pagou uma determinada quantia em dinheiro como ertribuição pelo cumprimento dessas mesmas instruções. Convém lembrar que estas declarações terão sido reproduzidas por Carolina Salgado em sede de inquérito no âmbito do processo judicial (mas isto é especulação, já que o processo está em segredo de justiça).
Já Fernando Madureira foi constituído arguido porque, segundo Carolina, terá sido uma das pessoas que agrediu Bexiga e que recebeu um determinado pagamento por isso, ou seja, terá sido um dos autores materiais do crime.
Supreendentemente, na quinta-feira passada ficámos todos a saber que este processo foi arquivado por falta de prova.

Por favor, corrijam-me caso eu esteja errada. Carolina Salgado é autora moral confessa de um crime de ofensa à integridade física na forma agravada; Fernando Madureira foi identificado por Carolina como um dos autores materiais desse mesmo crime; a vítima está identificada (Ricardo Bexiga); as agressões e as lesões estão identificadas, pelo que se conclui que existiu, de facto, crime.
Ora, ainda que possa admitir-se o absoluto silêncio de Carolina Salgado em sede de julgamento, há um livro publicado com determinadas afirmações, que lhe imputam a confissão da autoria moral do crime. E esse livro, como toda a gente sabe, é do domínio público e os senhores juízes julgadores do caso dele poderiam tomar conhecimento precisamente porque é um facto público e notório. Ainda que não fosse possível condenar Madureira (caso a única prova fossem as declarações de Carolina e ela se remetesse ao silêncio, ou seja, em suma, não fosse produzida prova contra ele), sempre seria possível levar ambos os arguidos a julgamento e condenar, pelo menos um deles (Carolina) pela autoria (moral) do crime, ou não?

Convém lembrar que, ainda que não seja possível apurar quem foi o autor material do crime, há lugar à punição do autor moral. Assim decidiu (e bem) o Tribunal da Relação do Porto no Acórdão de 10-11-2004, subscrito pelos Juízes Desembargadores Arlindo Manuel Teixeira Pinto, Joaquim Rodrigues Dias Cabral, Isabel Celeste Alves Pais Martins e David Pinto Monteiro (n.º convencional JTRP00037335), (clicar aqui para aceder ao texto integral do Acórdão). Com efeito, lê-se na referida decisão (sublinhados meus):

«O artigo 26.º do Código Penal dispõe que:
“É punível como autor quem executar o facto, por si mesmo ou por intermédio de outrem, ou tomar parte directa na sua execução por acordo ou juntamente com outro ou outros, e ainda quem, dolosamente, determinar outra pessoa à prática do facto, desde que haja execução ou começo de execução”.
Esta disposição legal consigna a autoria mediata, a instigação e a autoria imediata e a co-autoria.
Assim a instigação que se verifica quando um determinado agente, dolosamente, determina – isto é condiciona de modo necessário e suficiente - outra pessoa à prática do facto, desde que haja execução ou começo de execução.
Estamos em presença da autoria imediata quando quem executa o facto por si mesmo ou por intermédio de outrem, toma parte directa na sua execução.
Embora se encontrem arestos no sentido de que não é possível a punição a título de autoria moral sem que esteja identificado o autor material – v.g. o Ac STJ de 28/07/87, in BMJ 369, 392 – julgamos mais consentânea com o espírito e a letra da lei a corrente jurisprudencial que considera ser de punir o autor moral ainda que não esteja identificado o autor material.
Neste sentido aponta-se o Ac. RP de 26/11/86, in CJ Ano XI, T5, pág. 255 onde se escreveu:
“Desde que há autor material embora indeterminado, a figura do autor moral não pode desprezar-se, já que este, com a sua actividade, contribuiu para a realização do facto criminoso, não podendo deixar de responsabilizar-se pela totalidade deste,
na suposição de que também as outras forças concorrentes entraram no âmbito dassuas vontades e consciência
.
E no mesmo sentido se pronunciou o Ac. RP de 26/10/86, in BMJ nº 361, pág. 609.
Para a verificação da instigação não se exige qualquer relação directa, nomeadamente por contacto, com os autores materiais, nem que seja o instigador a escolher as circunstâncias de tempo, modo e lugar da execução do crime. Essencial é apenas que sem a intervenção do instigador o crime não teria sido cometido

Tendo em conta que este caso até estava sob a jurisdição do Tribunal da Relação do Porto, que proferiu a decisão supra e outras duas nela referenciadas e que se pronunciaram no mesmo sentido, não se compreende que o Ministério Público tenha preferido arquivar o processo em vez de, ao menos, deduzir acusação e levar o caso a julgamento!
Há coisas que custam a perceber e esta é, manifestamente, uma delas. Desconheço o teor integral do despacho de arquivamento e quero acreditar que o Minstério Público fez o melhor que pôde. Mas embora eu queira acreditar nisso, a verdade é que não consigo. As peças não encaixam e há um cheiro demasiado intenso a dúvida a pairar sobre tudo isto.
Gostaria de ouvir o Senhor Procurador-Geral da República pronunciar-se sobre esta questão. E, já agora, também teria muito gosto em ouvir o Senhor Bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. Marinho e Pinto, dizer qualquer coisa sobre o assunto, já que, embora o tenha ouvido referir muita corrupção e tal e tal, ainda não o ouvi proferir uma palavra sobre o caso «Apito Dourado». Porque será? I wonder. Sobre isto e muitas outras coisas. Porque isto dá mesmo em que pensar.

Amy, Amy, Amy 

Amy Winehouse

Melhor Gravação do Ano: «Rehab» («Back To Black», 2007)
Melhor Canção do Ano: «Rehab» («Back To Black», 2007)
Artista Revelação do Ano: Amy Winehouse
Melhor Voz Pop Feminina: Amy Winehouse
Melhor Álbum Pop: «Back To Black» (2007)

Foi assim na 50.ª Edição dos Grammys: só deu Amy Winehouse. What else?

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Ver 

O programa do Malatinho, Malatinho (ai, a voz da Ana Lamy...), hoje à noite, na RTP1, onde vai estar como convidada a minha amiga Ana Anes. Dá-lhe no Guronsan, querida. De certeza que vais estar lindamente, aliás, como de costume. ;)

Post Scriptum - O lançamento do livro «7 anos de mau sexo» «correu muitíssmo bem», diz-me a Ana Anes por e-mail. Claro, outra coisa não se esperava! Parabéns, querida! :)

Sexto andar 

Estou absolutamente viciada nesta canção dos Clã: Sexto Andar. Claro que a letra só poderia ser do Carlos Tê, mas a música do Hélder Gonçalves também é excepcional. Vai para a grafonola durante o fim-de-semana e enquanto apetecer. Quem quiser ouvir só tem de clicar em «Play».

Bom dia! Hoje é sexta-feira! E como diz a música dos The Cure, it's friday, I'm in love! Bom dia! :)

Btw (não tem nada que ver, mas 'tá bem), andei a fazer umas limpezas na barra lateral da chafarica: apaguei umas imagens, removi links inactivos e tal e tal. E então, está melhor ou continua a demorar eternidades até que as funcionalidades do Assumidamente estejam todas carregadas? Aguardo e agradeço o vosso feedback (ouviram, meninas Jotinha & Companhia Lda.?). Merci!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

«7 anos de mau sexo»: crónicas com (muita) malagueta 

De que o sexo é absolutamente fundamental nas nossas vidas, já ninguém tem dúvidas. O que alguns de nós - espero que muito pouc@s - ainda não sabem é que o sexo pode ser um excelente mote para conversa. E a conversa pode dar origem a muita coisa, como por exemplo, crónicas. E as crónicas podem originar um livro. E o livro, quem sabe, um filme (eu ainda não desisti da ideia!).
Com o atrevimento e a boa-disposição que a caracterizam, a minha querida e grande amiga Ana Anes tem aceitado desafios ao longo da vida que muitos outros não tiveram o atrevimento de enfrentar. Pois claro! É do signo solar Carneiro (como eu!) e, como reza a nota biográfica, a primeira luta foi logo travada no momento do nascimento, contra o cordão umbilical que se enrolou em torno do pescoço. E foi, obviamente, ganha, porque a Ana Anes não é mulher para se deixar vencer por nada deste mundo! Por isso é que a vida lhe tem sorrido e os frutos são os melhores. E como não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe, depois de «7 anos de mau sexo» chegou o fim do jejum!
Para a minha querida Ana Anes e para gáudio de tod@s quant@s gostam dela - e somos muit@s - , o ano de 2008 começou, definitivamente, com o pé direito. No passado dia 25 de Janeiro chegou às livrarias a edição impressa de «7 anos de mau sexo», uma compilação de crónicas que a Ana escreveu , com divertidíssimas ilustrações de Mónica Catalá e prefácio de João Pereira Coutinho. Um livro que, a a estas horas, já deve ter passado à frente dos olhos de quase toda a gente e que José de Pina resume deste modo: «Este é, sem dúvida, um livro útil, não apenas para as mulheres mas também para os homens. Se tivesse saído há mais tempo, com certeza Pinto da Costa não teria cometido tantos disparates e o Calor da Noite não teria assim perdido uma das suas melhores alternadeiras.».

As crónicas estão classificadas com malaguetas, consoante o grau de «atrevimento» dos textos. Sobre as crónicas de «uma malagueta», diz-nos a Ana Anes: «Não. Estas crónicas ainda não são para tomar com Viagra. Estas são apenas para pensarem no sentido das vossas vidas - numa vertente muito Deepak Chopra e Brian Weiss - para, depois, em conformidade, ou as mudarem ou tomarem algo mais forte com whisky e ficarem estranhamente frios e calados... e as mudarem na mesma!». As crónicas de «duas malaguetas» já impõem mais respeito (ou não, ou não): «Antes de começarem a ler estas crónicas, é melhor irem a uma sex-shop buscar umas algemas com plumas cor-de-rosa e uma venda. Aqui o ar condicionado avariou há dez minutos e quem tiver mais peças de roupa vestidas vai ao castigo.». Para as de «três malaguetas», esperam-se corações - e outras coisas terminadas em «ões» - fortes e resistentes: «Está na altura de usar tudo o que têm à mão: imaginação, o número de parceiros que quiserem, a corda da roupa da vizinha, os vídeos caseiros dos papás, e toca de gozar sete minutos, horas, meses ou anos de muito bom e totalmente amoral sexo. A gerência pede que poupem os animais de estimação.».

Preparem-se para umas boas horas de gargalhadas, ironia, pragmatismo, astúcia e perspicácia. São textos da Ana Anes, minhas senhoras e meus senhores, muitos dos quais eu tive o privilégio de ler antes de publicados. E como são textos da Ana Anes, não é preciso dizer mais nada! Leiam e chorem por mais.

Para a minha grande amiga Ana Anes - gosto imenso de ti, minha querida, e tu sabes bem disso! -, vai daqui um abraço apertado, com votos de muitas felicidades para a apresentação do livro - pela jornalista Fernanda Freitas com João Pereira Coutinho -, que decorrerá hoje, pelas 21h, no Café Bar BA, no Bairro Alto Hotel, em Lisboa. As leituras serão feitas por Nuno Nodin e José Manuel Anes. A música estará a cargo de Carlos Didelet. Com muita pena minha, eu não poderei estar fisicamente presente, mas todas as minhas energias positivas estarão voltadas para este evento!

Para aguçar a curiosidade, aqui fica o texto de introdução, a nota biográfica da Ana Anes e a ficha técnica do livro: «A maior parte das crónicas reunidas neste livro surgiram ao fim de dois anos de muita insistência por parte da autora à direcção do semanário «O Independente», onde colaborava há cerca de três anos. Com o término dos suplementos anteriores, que deram lugar ao suplemento «Vida», foi possível concretizar o que, mais do que um sonho, foi sempre uma certeza da autora – a de que iria «abanar os alicerces» de algumas mentalidades. Assim foi e, durante cerca de sete meses de duração da rubrica homónima, falou-se semanalmente, sem tabus, de sexo e relacionamentos, obviamente numa perspectiva autobiográfica (e não só, que os amigos deram ajudas preciosas com as respectivas experiências!), com humor, ironia e sentido de oportunidade e actualidade. Para além dessas, o livro reúne igualmente crónicas originais e outras da «Perspectiva», da coluna «Cambalhotas» do «Destak» e da rubrica «A Guerra dos Sexos» da «Maxmen». As crónicas estão organizadas num sistema crescente de «malaguetas»: as primeiras são relativamente toleráveis, mas para as mais picantes será conveniente prepararem o antídoto!»

Ana Anes (
blog) nasceu em Lisboa a 2 de Abril de 1973, com o cordão umbilical bem preso no pescoço. Pode-se dizer que é uma sobrevivente (alegre) e, como tal, decidiu festejar a vida com um carácter irreverente, livre de constrangimentos e da opinião alheia, com uma faceta «bombista-literária» em que, não se levando a sério − a vida já é demasiado pesada por si mesma –, decidiu inconscientemente (sabe-o agora!) romper certos tabus, preconceitos e lóbis, fossem eles de mentalidades, costumes, ou mesmo de determinados grupos. Colaborou com os mais variados órgãos de comunicação social, como o Expresso, Correio da Manhã, O Independente, Gente Jovem, Maxmen, Focus, Rádio Comercial e RTP. É, assumidamente, a «arruaceira» de serviço a quem convidam sempre para reestruturações ou projectos novos. A Fé move a sua vida, tanto que o seu lema é «see the ball, be the ball». Tem uma família excepcional, a quem deve tudo o que é. São todos originais e diferentes. O que é bom. E ela, a original-mor, tem muito orgulho nisso.

«7 ANOS DE MAU SEXO» . de Ana Anes . ilustrações de Mónica Catalá . prefácio de João Pereira Coutinho . 160 páginas . editora Guerra & Paz . colecção Pecado Original . €13,30

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Dignidade e respeito 

Sobre a actuação de António Marinho e Pinto, leia-se «A advocacia merece respeito», um artigo de João Correia. Está lá tudo.

Os seguintes parágrafos, que me permito destacar, são bastante esclarecedores sobre o que deixei dito no post anterior. Basta ler e interpretar.

«Não é nem sério nem digno de um bastonário ficar duplamente irresponsabilizado porque actua numa terra de ninguém.
Na realidade, se denuncia vagamente quaisquer ilícitos criminais porque diz que não é bastonário e se, ao mesmo tempo, intervém publicamente porque é bastonário, sob invocação dessa qualidade e com a audiência pública que dela provém, há que convir que nem cumpriu o dever legal que sobre si impende e nem adoptou o meio que tem ao seu dispor para ser eficaz.
A advocacia portuguesa merece respeito e tem direito a ser representada por quem a sirva e não se sirva dela.
(...)
O que a advocacia portuguesa sabe é que o seu bastonário não denunciou os crimes que conhece pelo meio estatutariamente obrigatório e que não se irá constituir assistente nos processos-crime a que devia ter dado azo, o que a lei Penal e a lei Processual Penal impõem, dando cumprimento, em suma, ao que o Estatuto da Ordem dos Advogados lhe comete.
Não é para este triste espectáculo que existe uma Associação Pública com dignidade constitucional e, muito menos, a advocacia portuguesa assegurará a essencialidade do patrocínio forense.»

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

«Coragem doseada» 

António Marinho e Pinto (perdoem-me os mais susceptíveis, mas tenho uma certa dificuldade em atribuir-lhe o epíteto de «Bastonário») espelha bem aquele tipo de gente que gosta de abrir a bocarra para dizer o que qualquer patego - por mais culto ou erudito que fosse - diria. Fala com a eloquência de um qualquer frequentador habitual do café da esquina e, em consequência, profere o mesmo tipo de atoardas que todos os dias ouvimos na boca daquelas pessoas que sabem falar de tudo e mais alguma coisa, a quem eu chamo «especialistas em banalidades, com licenciatura em Psicologia, Mestrado em Medicina e Doutoramento em Direito».
Eu compreendo que Marinho e Pinto goste de abrir a bocanha para dizer, ou melhor, repetir, aquilo que segundo ele já toda a gente sabe porque veio nos jornais. E compreendo anda melhor que ele tenha à vontade (para não dizer «lata») para acusar em praça pública genericamente («há pessoas», «há políticos», «há grupos económicos», etc.), não diga os nomes. Palavra de honra que compreendo. É que Marinho e Pinto tem aquilo que eu vou, neste preciso instante, baptizar de «coragem doseada»: uma coragem que chega para o boato, mas não é bastante para a certeza; que existe para a acusação, mas não é assim tanta para a nomeação; que é muita para enxovalhar, mas não é assim tanta para confrontar.
Se Marinho e Pinto tem assim tantas provas e tanta certeza daquilo que está a dizer, porque não diz os nomes? Não me digam que é por temer processos de injúrias, porque se há assim tanta prova e essa prova chegou ao conhecimento dele, também a poderia carear para juízo, se fosse o caso, não poderia? Então porque é que «chama os bois pelos nomes», para usar linguagem figurada? Acho que é óbvio perceber porquê...
Marinho e Pinto é daquela cêpa do estardalhaço, da bocarra cariada aberta, da invocação da «crise» por tudo e por nada. E essa cêpa é má e é pernicioso que uma pessoa como ele esteja a ocupar o cargo institucional que ocupa. Marinho e Pinto sabe que esta actução é útil para o transformar numa pessoa mediática, mas também sabe que não é a melhor para a instituição a que preside. No entanto, está disposto a sacrificar aquilo que é basilar para que a máquina judicial funcione - o bom relacionamento entre as instituições - por mais meia dúzia de minutos na TV e uma chamada ao Parlamento. Marinho e Pinto disfere ataques - francamente infundados - às Magistraturas, especialmente ao Ministério Público; aponta o dedo ao Procurador-Geral da República; critica a actuação da Polícia Judiciária... enfim, é um não mais acabar de críticas que só ajudam a reforçar a primeira ideia com que começou o seu discurso na abertura oficial do Ano Judicial, ou seja, a de que vivemos presentemente a pior crise de semmpre da justiça em Portugal - o que não é verdade.
Marinho e Pinto prefere ser alarmista a trabalhar em conjunto com aqueles que são os únicos que podem mudar o tal estado de coisas que ele apregoa viver-se e ser tão negativo. Pois é. Também eu sei que é mais fácil dizer «a casa está a arder» do que pegar num balde de água para apagar o fogo. E depois quem vai apagar o fogo sempre fica chamuscado, enquanto que quem fica a ver sempre tem hipótese de ser filmado pelas câmaras da TVI, não é?!
Já muita gente percebeu o que é que o Dr. António Marinho e Pinto quer: alcançar um estatuto de «pseudo-salvador da justiça», enquanto empurra a justiça para a morte. E isso fica mal a qualquer pessoa, mas fica ainda pior a quem usa uma toga. Por isso é que cada vez mais é uma evidência que gente que usa toga há muita, mas gente que seja um verdadeiro Advogado há muito pouca. Ao menos os mandatos à frente da Ordem dos Advogados são relativamente curtos (três anos). Oxalá Marinho e Pinto não tenha tempo para dar cabo de tudo.

Somos altos, baixos, magros, gordinhos, extrovertidos, introvertidos, religiosos, ateus, conservadores, liberais, ricos, pobres, famosos, comuns, brancos, negros... Só uma diferença : amamos pessoas do mesmo sexo. Campanha Digital contra o Preconceito a Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros. O Respeito ao Próximo em Primeiro Lugar. Copyright: v.


      
Marriage is love.


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