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quarta-feira, 18 de julho de 2007

Abstenções e tal e tal 

Ora, então, consta por aí que houve eleições na capital no passado fim-de-semana. Hum... Chamam mesmo eleições àquilo?! Se calhar, tendo em conta a percentagem de votantes, deveriam chamar-lhe antes abstenções, não?
Ironias à parte, o que interessa é que Monsieur Sócrates soma agora mais uma vitória. O homem não brinca em serviço, está visto. Nem que vá buscar malta a Cabeceiras de Basto, mas ele mostra que o povo está com ele. E Costa? Esse, tem uma lata descomunal. Tendo sido eleito nas circunstâncias em que foi, com uma percentagem de gente a borrifar-se para a coisa superior a 60%, acha-se o rei da cocada preta (é favor não interpretar o uso da expressão como uma piada racista porque não o é, ok? Eu sou só mázinha, não sou cruel).
'Tá bem, pronto, a gente grama. Afinal de contas, tivemos de levar com igual discurso por parte de Carmona! Por momentos, enquanto o ouvia falar, até pensei que ele é que tinha ganho. Afinal não, teve só aquilo que rapidamente se apressaram a designar como «um resultado histórico para uma candidatura independente». Ui, onde isto já vai! Em vez de verem no facto um sintoma de que algo vai mal no que toca às instituições partidárias, vêm isso como algo de positivo. Não percebem que a «noiva» só casou com Carmona porque não queria casar com Costa e não porque estivesse apaixonada por ele...
Já a tia Helena promete fazer oposição e maçar muito o executivo camarário socialista se os cidadãos não forem ouvidos. Ora bolas, isso vai fazer com que Sá Fernandes passe a ter uma posição de intervenção quase residual. Ou não, ou não, que o ilustre advogado sempre há-de ter espaço para um embargozinho ou outro.
Quanto ao candidato Telmo, aquele que é contra as salas de chuto e mais os casamentos gays nos Paços do Concelho e mais os grafittis e mais a criminalidade e tudo o que seja possível ser-se contra desde que meta medo, muito medo às pessoas, não foi eleito. Oh, júbilo e glória! Lamento profundamente pelo partido, mas acho óptimo para baixar o topete de Portas.
Quanto ao PSD, apesar de tudo, não daria nota negativa a Marques Mendes, mas também não passava do 10 (credo, pareço o outro a dar classificações às pessoas!...). Durante a campanha meteu a pata na poça ao fazer um ataque pessoal a Manuel Salgado, o que era perfeitamente dispensável. E admitamos que foi a eleições com um candidato sóbrio, mas fraco. Não retirando mérito a Negrão, para enfrentar Costa e o governo que ele tem por trás era preciso mais e Marques Mendes tinha obrigação de antecipar isso. Contudo, parece que algo se move estranhamente por detrás do líder para que as coisas aconteçam assim. O facto de Negrão ter aceitado ser o candidato do PSD tem ocultas razões que a razão, perdão, a ambição, não desconhece. Não estranhem se daqui a uns tempos virem Negrão a apoiar outro candidato à presidência do partido. Olhem que eu sei do que estou a falar! ;) E enquanto os candidatos se perfilam, Rui Rio já disse que não será um deles. É pena. Rio tem toda a estaleca necessária para fazer frente a Sócrates: é quase tão ditadorzeco como ele.
Mas considerações à parte, noite eleitoral é sempre noite eleitoral e eu adorei, como aliás adoro sempre, ouvir os comentadores políticos portugueses. Para terminar, aplausos para Judite de Sousa, a única jornalista neste país que trata Marcelo Rebelo de Sousa pelo nome e não pelo título académico.
E se a Câmara de Lisboa não voltar a cair entretanto, daqui a dois anos há mais.

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