segunda-feira, 27 de novembro de 2006
Cesariny [1923-2006]
Foi já ontem que o Mário Cesariny de Vasconcelos começou a rir-se de nós, mas para ele não há, nunca houve, calendário. Despediu-se definitivamente da realidade e passou a viver no Espaço e no Tempo onde sempre se movimentou: o Sonho. O Cesariny, o génio Cesariny, mostrou que o surrealismo não é vago, que é possível vivê-lo em cada instante. Foi-se embora, mas ficou; partiu, mas acaba de chegar; disse adeus mas continua a cruzar-se connosco.
Que sejas bem acolhido, Mário, em Elsinore.
Lembra-te

Lembra-te
que todos os momentos
que nos coroaram
todas as estradas
radiosas que abrimos
irão achando sem fim
seu ansioso lugar
seu botão de florir
o horizonte
e que dessa procura
extenuante e precisa
não teremos sinal
senão o de saber
que irá por onde fomos
um para o outro
vividos
Mário Cesariny de Vasconcelos, Pena Capital II
Que sejas bem acolhido, Mário, em Elsinore.
Lembra-te

Lembra-te
que todos os momentos
que nos coroaram
todas as estradas
radiosas que abrimos
irão achando sem fim
seu ansioso lugar
seu botão de florir
o horizonte
e que dessa procura
extenuante e precisa
não teremos sinal
senão o de saber
que irá por onde fomos
um para o outro
vividos
Mário Cesariny de Vasconcelos, Pena Capital II
Comentários:
Enviar um comentário

Marriage is love. |


