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quinta-feira, 12 de abril de 2007

Contentinha 

Devo dizer que fiquei contentinha com a entrevista do Primeiro-Ministro. É, mesmo só isso: contentinha. É que eu adoro vê-lo remexer-se na cadeira. Adoro vê-lo de bracinhos no ar, todo ele esbracejante, a pedir desculpa ao jornalistas, que «não é assim», que «isso não é verdade», que «se me deixar explicar», todo ele com vontade de dizer ao José Alberto Carvalho «Esteja mas é caladinho.», mas todo ele muito contido, embora visivelmente importunado. Mantendo o baixo nível de discurso político a que nos tem habituado, de ataques, piadinhas e cinismo fácil, não faltou uma farpazita a Marques Mendes, ainda que a entrevista não fosse um debate e quem estivesse a ser "avaliado" fosse ele e não a oposição.
As explicações sobre o diploma foram do mais ridículo que há. Afinal houve atrasos. Afinal ele depois apresentou o que tinha de apresentar. Afinal ele andou sete anos a estudar e destes só meio ano é que foi no privado. Afinal ele não foi o primeiro nem será o último licenciado em engenharia a ser tratado por engenheiro. Afinal as explicações estão todas dadas. Afinal o que veio dizer ontem já poderia ter dito há muito mais tempo porque nada dependia do desenrolar dos acontecimentos. Enfim.
Adoro ouvi-lo falar. Sobre finanças, então, é o delírio. E os números que aquele rapaz decora? Um portento de memória. Ele é percentagens, ele é estatísticas, ele é o que é bom a subir, a subir e o que mau a descer, a descer. Quando Sócrates fala também eu faço contas e fico contente, contentinha, porque o número de mentiras que ele diz vai aumentando, aumentando e, espero, o povo vai percebendo, vai percebendo. Tal como ele, eu também acho que as verdadeiras mudanças não se fazem em dois anos. Por isso é que vou esperar pacientemente quatro para o ver cair definitivamente da cadeira.

Mas falando sobre o que verdadeiramente importa, a Maria Flor Pedroso continua "do best". E o preto fica-lhe a matar. Shoot me baby. Bang bang!

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