terça-feira, 27 de março de 2007
Aos centímetros
Onde é que eu ia?
Ah, já sei. Pois eu ia precisamente aqui. Dizia eu que só me apetece é rir a propósito da ideia subjacente ao programa e, claro, do resultado. E quando falo em resultado não me refiro somente à figura que ocupou o primeiro lugar, mas de todas as outras. E como não dá jeitinho nenhum falar nem escrever às gargalhadas, não me vou pôr p'r'aqui com mais delongas e termino dizendo simplesmente isto: só há uma maneira honesta de saber quem foi o maior português de sempre e ela consiste simplesmente em pegar numa fita métrica e tirar bem tiradinhas as medidas cá à malta. É que o único factor passível de comparação para chegarmos a essa ridícula conclusão de quem foi ou é o maior cá do burgo é o centímetro, meus amigos, é o centímetro.
E agora volta, Catarina Furtado, tu mais o teu «Dança Comigo» e vamos juntas dançar o bailinho da Madeira lá p'rós lados de Valbom.
E em homenagem aos tais dos «defensores» (louvores sejam dados à Odete Santos, que para armar confusão em televisão, não há como ela), aqui fica a minha impressão da grande final, nas palavras do António Variações, ali a cantar na grafonola.
Quando fala um português Falam dois ou três E se o número aumentar São outros tantos a falar Ah! São tantos a falar Quando fala um português Falam dois ou três Todos se querem escutar Ninguém espera a sua vez Ah! Ninguém se quer calar Pois que é um direito a respeitar | Mas a conversa está a aquecer Ai já estão a desconversar Já ninguém se está a entender Ai já estão todos a gritar. Ai que o insulto é de corar A ameaça está no ar E o punho está-se a fechar Com tendência a piorar E eu não paro de atiçar |
Marriage is love. |