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quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

A intenção era boa, ela é má e, vai-se a ver, eu é que sou a vilã. 

Ora deixa-me cá escrever isto antes que se me varra da memória... Confesso aqui publicamente: na passada segunda-feira à noite, na minha meia-hora de estupidificação total em frente ao televisor (tem acontecido entre as 23h30 e as 00h00), que é como quem diz, durante os meus trinta minutos de zapping diários, cometi a insanidade de me deixar ficar uns dois ou três minutos na RTP1, ou seja, a ver o Prós & Contras. Estava o Professor Barata Moura a concluir um raciocínio e eu, embalada nas minhas ternas recordações infantis do «Come a papa, Joana, come a papa», não resisti a ficar a ouvi-lo. Entretanto, pus-me a pensar que o Professor Barata Moura não deve mudar a armação dos óculos desde o tempo da Maria Cachucha, mas isso não tem grande relevância para o assunto do post.
O que interessa verdadeiramente é a pergunta da Fátima Campos Ferreira no final da intervenção. Vira-se ela para o Professor:
«- Professor Barata Moura, em sua opinião, a geração dos dias de hoje é a melhor preparada para enfrentar os desafios do futuro?» (sic)
E foi então, neste preciso instante, que eu percebi por que razão eu jamais poderei levar a Fátima Campos Ferreira a sério. Palavra de honra que eu até faço um esforço, mas depois desta...
A senhora é apresentadora/moderadora/comentadora/interrompedora/gritadora de um dos programas mais vistos na televisão portuguesa. Ao que me consta, é licenciada (desconheço a área). Anda nestas coisas da TV há imenso tempo. Está a apresentar este programa quase desde o início (se a memória não me atraiçoa, a primeira apresentadora foi a Júlia Pinheiro). E o que é que, apesar de tudo isto, ela faz? Diz asneiradas bocarra fora! Mas daquelas tão inadmissíveis, tão inadmissíveis que se ela fosse minha filha eu era capaz de a obrigar a escrever cem vezes «A gramaticazinha é fundamental». Esta d'«a gramaticazinha é fundamental» não a tirei agora da cartola; era uma frase que um dos meus professores do liceu estava sempre a repetir e à qual eu, volvido todo este tempo, dou inteira razão.

Cara Fátima Campos Ferreira vamos lá ver se nos entendemos: o superlativo de «bem» é «mais bem»; o superlativo de «bom» é que é «melhor». O que a minha cara queria perguntar ao Professor Barata Moura era se a geração é a mais bem preparada para enfrentar os desafios do futuro, percebe? Do mesmo modo que se diz, por exemplo (qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência), que «a Fátima Campos Ferreira era a mais mal vestida da festa» e não «a pior vestida da festa», porque o superlativo de «mal» é «mais mal», enquanto que o superlativo de «mau» é que é «pior».
Compreendeu? Estas coisinhas são básica, cara Fátima. Vá lá, para a próxima veja se não diz calinadas, para eu não ter de me amaldiçoar a mim própria por lhe ter dado mais uma oportunidade quando, afinal, a menina me leva a crer em cada programa que é um caso (quase) perdido!
Não sou intransigente nestas coisas, mas o que é básico, é básico. Se eu fosse o Professor Marcelo, dava-lhe nove valores e mandava-a voltar cá em Setembro. Como não sou, se calhar para a semana vou cometer a imprudência de lhe dar mais uma chance. Peço-lhe encarecidamente: não me desiluda, por favor. É que a paciência é uma virtude, mas tem limites.

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