quinta-feira, 18 de janeiro de 2007
Ao Torga
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
No 12.º aniversário do falecimento de Miguel Torga, pseudónimo de Adolpho Correia da Rocha [12.VIII.1907-17.I.1995], de quem aguardamos ansiosamente a publicação da obra poética integral em Fevereiro, pela D. Quixote.
Nota: Post não publicado ontem por impossibilidade de acesso ao Blogger, que estava em manutenção... :/
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