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sábado, 11 de março de 2006

11 de M... 

... M... de Medo...

Há datas que não podem deixar de assinalar-se, pelo menos, anualmente, para que com a sua lembrança se acenda com mais nitidez na consciência de todos os seres humanos a certeza de qual o caminho que o Mundo não pode de modo nenhum seguir!

...

Victoria tinha 30 anos e saíu naquela manhã de casa, em direcção ao Santander, com o sorriso nos lábios da memória de que ia ser tia... Sorria como sempre e, como sempre contagiava o Mundo com o seu sorriso... Tirara o curso de Direito com uma perna às costas e um brilhantismo que permitia que ainda nesse dia, volvidos alguns anos sob o dia em que terminou o curso, os seus Professores ainda se recordassem dela...

Ángel, 34 años, informático, sentou-se no seu lugar na carruagem, abriu o jornal desportivo que acabara de comprar e pensou para consigo que a melhor decisão da vida dele tinha sido aquela que tomara há três dias atrás: a de deixar o carro em casa e ir de combóio para o trabalho, ganhava tempo e paz... ganhava qualidade de vida!...

Cristina, 34 anos, teve pena de ter que sair de casa a correr, beijo apressado ao filho de três anos e ao marido, sem estrear o computador com monitor LCD que tinha acabado de comprar. Mas, ainda assim lá foi, livro debaixo do braço, para aproveitar o tempo no combóio e pensamento já nos nomes que iria dar à filha que andava a tentar gerar...

Ana, 43 anos, olhou para o relógio para confirmar que estava atrasada, demorava-se sempre muito nas despedidas a Ricardo, o seu marido, mas preferia ter que correr até ao combóio só para poder falar com ele mais um pouco... amava-o intensamente e gostava de trazer com ela, para dentro do combóio, a memória do seu sorriso, dos bons tempos já vividos, em Espanha, ou no Egipto, país de sonho, enquanto, olhando pela janela, pensava já na próxima viagem: África do Sul...


Victoria MoyanoÁngel RodríguezCristina MartínezAna Jimènez


E o relato podia continuar por mais cento e noventa e sete vidas: Emilian... Teresa... Neil... Nieves... Sandra... Jorge... Miguel... José... Álvaro... Héctor...
Por trás de cada nome um coração... uma vida... sentimentos que, mais cedo ou mais tarde não passarão de um número, só mais um número para relatar a catástrofe... só mais uma catástrofe!

E a cada nova história que leio, em cada um dos seres e sonhos que adivinho nos relatos que se fazem, não deixa de se adensar em mim a sensação desconfortável do medo desta Humanidade!...

...

E o Irão aqui tão cada vez mais perto!...

Comentários:
Escravos do passado, cidadãos do presente, almas do futuro.
Corações intransigentes, mentes marcadas pelo terrorismo, pelo ódio, pelo sangue derramado.
Olhos tristes e melancólicos recordam o que já viram e não querem ver jamais.
Dizem não ao terrorismo e à dor, no entanto, mais explosões rompem na alvorada e com eles o MEDO e a angústia de quem não sabe quando...
...dizer adeus...

M, M & I

(vou continuar a ler-te)
 
um dos melhores posts que já li.
Este é realmente um dia triste.
Gostei do pormenor da frase do irão em letra mais pequena.

Boa noite.
 
Hola, creo que acertaste en tu afirmación, si y me haría vegetariano si fuese necesario.
jajaja veo que tu tambien pedes entenderlo.

saludos

Mente
 
quando alguém "abate" a ilusão humana mais apreciada, a ilusão da liberdade de viver todos, mas todos morremos um pouco
 
tristes guerras se não é o Amor que as move e tristes são os Homens se não se movem por Amor
 
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