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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Talk on the line 

Ainda com o Walk the Line no pensamento, lancei-me, internet fora, a ver se descobria um pouco mais sobre Johnny Cash e June Carter, cantores de que - crucifiquem-me! - nunca ouvira falar.
Como é costume nestas buscas internéticas, lá fui, Google fora, até descobrir uma história engraçada de June revelada no dia do seu funeral (cada vez mais me apetece escrever um testamento a pedir para, no dia da minha morte, me naturalizarem norte-americana, só para poder ter um funeral com sentido!).
Em síntese, conta a filha de John que um dia o telefone tocou lá em casa e June atendeu. Atendeu e falou, falou, falou, durante uns bons 20 minutos. Depois de desligar, entusiasmada, contou que tinha tido uma conversa interessantíssima com uma mulher sobre a sua vida, os seus filhos, a forma como tinha perdido o pai, o sítio onde vivia... enfim, a vida toda da senhora! Quando lhe perguntaram com quem tinha estado afinal a falar, June respondeu muito naturalmente que era alguém que se tinha enganado no número!

Não percam já a seguir a nova noção de arma do crime

Achei a história de uma ternura deliciosa... ainda que datada! Ah, pois é! É que agora que o Conselho de Ministros da Justiça e do Interior da União Europeia aprovou uma directiva que determina que os operadores de telecomunicações guardem as informações referentes aos seus clientes por um período entre 6 e 24 meses, permitindo-se que qualquer autoridade, sem necessidade de decisão judicial, possa ter acesso a todas as informações sobre as chamadas que recebemos e efectuamos e respectiva duração, nenhuma pessoa de bom senso falará mais de dois segundos com alguém cuja voz não reconheça imediatamente do outro lado da linha!... E isto porque, se bem conheço alguns dos métodos de investigação criminal que se praticam por aí, não me admirava nada que alguém fosse preso preventivamente só porque, por azar, um tipo condenado por 35 crimes de homicídio se enganou num dígito e nos telefonou a perguntar pela Tia Gertrudes!...
Enfim, a História da Humanidade está definitivamente destinada a ser um círculo: ora se agita a bandeira da liberdade para lutar contra todo e qualquer modo de poder, ora se erguem os valores da segurança para restringir as mais elementares liberdades... E no meio disto tudo, não haverá ninguém com vontade de parar o conto in media res?

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