sexta-feira, 30 de dezembro de 2005
mInHa qUeRiDa mArIa...
Ao ler o que escreveste, lembrei-me que, por acaso, és daquelas pessoas por quem o tempo passa... ou seja, passa e mais nada - não chateia, não deixa rugas, não deixa sequer cabelos brancos. Sabes que eu já tinha um e o tipo deve ter caído? Pelo menos não o vejo... ou caiu ou suicidou-se, que é como quem diz, auto-arrancou-se, temendo as minhas inúmeras ameaças de o fazer pelas minhas próprias mãos... Coitado. Mas dizia eu...
És daquelas pessoas que por onde passam espalha uma brisa que permanece. Pode ser do teu charme, do teu carisma, da tua infinita beleza, é certo. Mas também pode ser da tua capacidade de renascer. Porque no fundo, é disso que se trata, da capacidade de renascer todos os dias, porque todos os dias algo de velho em nós morre e algo de novo nasce.
E tu, mInHa qUeRiDa mArIa, és definitivamente uma pessoa plena de luz, que renasce e se redescobre a cada dia. Não temas, porque as forças não te faltarão; apenas descobrirás outras que nem sonhavas que tinhas. É que esta história chamada "vida" só tem piada quando nos vamos descobrindo... e tu ainda tens muito para te revelar a ti própria.
Sei de certeza (daquelas certezas que temos e que não se explicam, mesmo que a aNa diga que quer que lhe façamos um desenho, que expliquemos tudo tim-tim-por-tim-tim e que lhe ofereçamos os livros todos para ela depois ler!) que vais chegar ao fim da tua vida rica. Rica de auto-conhecimento, que é o saber mais difícil de atingir.
De resto e abreviando: és como o vinho do Porto - quanto mais velha, melhor. E eu adoro-te assim.
Marriage is love. |