.comment-link {margin-left:.6em;} <$BlogRSDUrl$>

terça-feira, 8 de novembro de 2005

A ver o tempo a passar 

As time goes by
As horas... os segundos de cada vida são todos demasiadamente preciosos para que deixemos que se percam, seja lá por que razão for! Sei que isto assim dito soa demasiadamente a conversa de mãe para filha em qualquer novela da tarde, mas a verdade verdadinha é que o sinto desde cedo... talvez por, desde cedo, sempre ter convivido com pessoas que me faziam esperar eternidades - e quando digo eternidades, digo mesmo horas e horas de eternidade - em sítios onde nada mais havia a fazer senão mesmo esperar, o que, desde cedo também, me obrigou a aprender primeiro, e antes demais, a controlar toda a eventual ponta de stress que em mim pudesse existir e, em segundo, a aproveitar esses momentos em princípio "mortos" para fazer uma imensidão de coisas que as actividades quotidianas nunca nos deixam tempo para fazer.

Penso que foram esses momentos que, por exemplo, despertaram em mim o gosto pela escrita, pelas histórias imaginadas enquanto estava ali parada, à espera, a fantasiar como poderia ter sido diferente cada um dos factos do meu dia se em vez de branco tivesse dito negro, sim em vez de não e todas as outras palavras antónimas umas das outras que possam imaginar; foi nessas esperas que aprendi como pode ser verdadeiramente revelador observar as pessoas na sua rotina diária, sem que se apercebam que estão a ser observadas (há quem lhe chame voyeurismo, eu chamo-lhe uma curiosidade enorme por todo e qualquer ser humano, sem mais!)... foi nessas esperas que me apercebi dos primeiros sentimentos, das primeiras emoções... que ensaiei discursos e que tive os melhores momentos de criatividade - nada como deixar o pensamento voar livremente para ele nos surpreender!
Talvez tenha sido também devido a todas essas horas e horas de espera a que, desde cedo, estou habituada que nunca... quase nunca... dou por mim aborrecida com nada... Bem, é verdade que já apanhei secas monumentais na vida (ai tanta hora de aulinhas massacrantes!)... é melhor reformular, então: nunca... quase nunca... dou por mim aborrecida enquanto espero seja lá pelo que for! Aproveito sempre esses momentos para pôr o pensamento em dia, para fazer balanços ou tentar descobrir as quinhentas interpretações que factos, gestos ou comportamentos poderão ter... ou então deixo-me invadir pela música que me esteja a rondar no momento e imagino que a vida de toda a gente que passa está a ser feita tendo essa música como banda sonora (acreditem que, ao fim de algum tempo, conseguem transformar tudo o que vos rodeia num enorme video-clip)... ou fico a adivinhar o que estará a pensar quem passa ou, simplesmente, concentro-me em não pensar em nada: segredo mais do que eficaz para que o pensamento logo voe!...

No entanto, a pensar em todos aqueles que não sabem muito bem como ocupar os minutos da sua vida em que, por uma razão ou outra, não há nada para fazer, um site inglês dedicou-se a criar uma lista de sugestões sobre como ocupar o tempo quando se está aborrecido. Ora, porque "os segundos de cada vida são todos demasiadamente preciosos para que deixemos que se percam", aqui ficam algumas sugestões para aproveitar até aqueles momentos em que, por uma razão ou outra, nada mais há para fazer senão aparentemente nada:

1. Ver quanto tempo se aguenta sem respirar.
2. Tentar não pensar em pinguins (pronto esta podem substituir por algum animal mais próximo que ninguém pensa em pinguins, valha-me Deus... e ainda que pensasses, os pinguins fazem lembrar frio, e coitados dos pinguins o que não devem passar nos Invernos gelados... e são tão queridos... os pinguins!)
3. Repetir a mesma palavra vezes sem conta até perder o sentido (como por exemplo: estou furios@ com a pessoa que me está a dar esta seca - se se repetir isto muitas vezes, pode ser até que perca o sentido o sermão que nos apetecia dar à dita pessoa!)

Bem... e por aí fora... vão lá ver as sugestões que são engraçadas e já agora, na volta, digam lá, que tácticas costumam usar para passar o tempo quando nada mais há a fazer senão ver o tempo passar!

Comentários: Enviar um comentário


Somos altos, baixos, magros, gordinhos, extrovertidos, introvertidos, religiosos, ateus, conservadores, liberais, ricos, pobres, famosos, comuns, brancos, negros... Só uma diferença : amamos pessoas do mesmo sexo. Campanha Digital contra o Preconceito a Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros. O Respeito ao Próximo em Primeiro Lugar. Copyright: v.


      
Marriage is love.


This page is powered by Blogger. Isn't yours?

referer referrer referers referrers http_referer