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terça-feira, 20 de setembro de 2005

In memoriam 



Simon Wiesenthal na abertura do Museu da Tolerância, em 1993
© Jim Mendenhall, 1993

Simon Wiesenthal
(31.XII.1908 - 20.IX.2005)


Simon Wiesenthal, ao contrário do que seria de esperar, desejava aos que o fizeram padecer nos campos de concentração uma vida longa, suficientemente longa para que fossem todos julgados e punidos pelos seus crimes. Wiesenthal, após ter sido libertado pelos soviéticos do campo de concentração de Mauthausen, na Áustria, em Maio de 1945 (foi detido pela primeira vez em 1941 e passou por vários campos de concentração), passou mais de metade da sua vida a recolher informações e meios de prova que ajudassem à condenação dos fugitivos nazis da Segunda Guerra Mundial, o que lhe valeu a alcunha de "caçador de nazis".
O julgamento de Adolf Eichmann, em Jerusalém, que Wiesenthal acusou de ser o "arquitecto" do Holocausto, deveu-se à sua incansável iniciativa. Outro exemplo é o do julgamento de Fritz Strangl, o comandante dos campos de concentração de Treblinka e Sobibor, que foi julgado na Alemanha Ocidental em 1967. Na totalidade, e com a ajuda de Organizações Não-Governamentais, Wiesenthal perseguiu as 90.000 pessoas nomeadas nos arquivos de guerra alemães.

Wiesenthal foi ainda o responsável pela localização do soldado alemão que deportou Anne Frank para o campo de concentração, o que silenciou definitivamente os que duvidavam da autenticidade dos seus diários.

Em 1977 foi criado o The Simon Wiesenthal Centre, com o objectivo de exercer pressão junto das autoridades no sentido da extradição de numerosos suspeitos da prática de crimes de guerra. Todavia, uma vez que a maioria destes criminosos terá já, muito provavelmente, morrido, o Centro tem vindo a voltar a sua atenção para a elaboração de campanhas em favor dos sobreviventes do Holocausto, bem como de iniciativas que permitam manter a memória desse horror viva.

Simon Wiesenthal morreu hoje, aos 96 anos.

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