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quinta-feira, 20 de janeiro de 2005

O ídolo com pés de barro* 

"O senhor não tem direito a falar de vida, não tem direito... O senhor não tem direito a falar de vida. O senhor não tem direito (...) Eu tenho porque tenho uma filha."


Declarações (citadas de memória) de Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, dirigidas a Paulo Portas, líder do CDS/PP, esta noite, na Sic Notícias.


Que Louçã é todo ele retórica, todo ele eloquência, todo ele intelecto, todo ele profundidade, todo ele meditação, todo ele alegoria, todo ele repetição até à exaustão já todos os portugueses sabiam. Agora também já sabem que é, também, todo ele marketing político. Já invoca a filha, meu Deus, para apelar à autoridade em matéria de aborto! O argumento é de peso, não haja dúvida!


E depois disto... os que votam no BE vão continuar a acreditar em Louça? Afinal, o ídolo tem pés de barro. Ninguém está absolutamente imune.


* Actualização (em 23/01/2005)

Concretamente, o que Francisco Louçã disse foi: «O senhor não pode falar do direito à vida porque nunca gerou vida. O senhor não sabe o que é gerar vida. Eu tenho uma filha. Eu sei o que é um sorriso de uma criança Havia citado de memória, por isso se impunha a correcção.

Gostaria, também, de acrescentar três notas breves.

No meu ponto de vista, não há nenhuma homofobia implícita na frase de Louçã. Não faço coro com os que "sabem" que Paulo Portas é homossexual. Que eu tenha conhecimento, ele nunca o afirmou publicamente. Isto não significa que eu ache que Portas é heterossexual porque, que eu tenha conhecimento, também nunca o afirmou publicamente.

A frase de Louçã não tem carácter homofóbico, mas sim preconceituoso. É discriminatória em relação àqueles que nunca geraram vida e não em relação aos homossexuais, porque não ter filhos não é sinónimo de homossexualidade, mas de opção, nuns casos e de infertilidade, noutros.

O que me fez escrever este post foram motivos unica e exclusivamente relacionados com a política, ou melhor, com a forma de fazer política em Portugal. Os qualificativos que apontei a Francisco Louçã relacionam-se exclusivamente com a sua forma de estar na vida política portuguesa. Louçã revelou ter pés de barro porque mostrou que as ideias que defende na política são meras politiquices, marketing, meios para alcançar um fim: o voto. Pode dizer-se, com propriedade, que Louçã esteve ao nível de Portas.

Por último, gostaria de deixar aqui uma referência a este excelente post sobre o assunto, da autoria do bloquista Ivan Nunes.


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