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domingo, 24 de agosto de 2003

Assumidamente em viagem! 


Viajar? Para viajar basta existir. (...)
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.
"Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até ao fim do mundo". Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consummou dando-lhe a volta, é o mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o principio, é o nosso conceito do mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem. Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às outras. Para quê viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Pólos ambos, onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e género das minhas sensações?

A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.


in Fernando Pessoa/Bernardo Soares, Livro do Desassossego, Editora Ática

Parto para as paisagens de sempre. Levo porém no horizonte as paisagens sempre sonhadas... Para as quais constantemente viajo... tanto que um dia hão-de existir!

Deixo-vos com a Mente Assumida... Ainda que a leve no horizonte!

Até Setembro!

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